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segunda-feira, 7 de maio de 2012

O JOÃO DE BARRO




“Era final de primavera do ano de 2007 quando percebi pela primeira vez um casal de João de Barro cantando de forma festiva sobre a trave do poste que ilumina a janela do meu quarto.
O poste está na calçada, após o muro do meu pequeno jardim de inverno, onde plantei algumas flores, uns pés de couve, salsa e cebolinha para temperar as refeições…
O casal de passarinhos tinha iniciado uma construção feita com barro avermelhado que mal dava para se notar, mas que observando bem, percebia-se que estavam lançando os alicerces com cuidado e esmero. Era uma época de chuvas abundantes e a natureza mostrava suas cores exuberantes em todos os lugares.
Todos os dias bem cedo eu era acordado pelo canto do casal que chegava à construção logo por volta das 6:00hs da manhã. Ela chegava primeiro, e logo recebia o seu companheiro com um canto festivo e ambos demonstravam uma alegria indizível. Ele trazia um pouco de barro no bico e o colocava ali diante dela e depois demonstrava também toda a sua alegria. Era muito bom ver aquilo acontecendo, apesar de muitas vezes reclamar que eles me acordavam “muito” cedo…
Passou um tempo de festas matutinas e dava para perceber que a casa possuía alicerce e também a direção onde ficaria a porta. Enquanto construíam a casa, pernoitavam ao relento numa árvore próxima, para onde se recolhiam todas as tardes com a mesma festa que faziam de manhã.
Passaram-se os dias e no corre-corre das nossas atividades me esqueci de olhar o casal durante um certo tempo. Quando me lembrei fui até o jardim e fiquei assustado: De repente a casa parou. As paredes estavam baixas e não havia mais sinal de construção! Fiquei preocupado, imaginando que o casal tinha desistido do tal projeto…


No entanto, percebi que havia uma diferença no tempo. Já estava sem chover há vários dias, há mais de um mês talvez. Fiquei imaginando a nossa vida. Tempos de abundância, de flores, de facilidades, de carinhos e mimos, e nós cantarolamos pelos cantos o tempo todo.
Deus nos tem abençoado com chuvas de bênçãos, e então tocamos os nossos projetos de vida, satisfeitos e felizes. Louvamos a Deus e damos graças por todas as coisas!.
Mas de repente vem um tempo de sequidão, de estio, de sol ardente; um tempo de deserto e de provação. Muitos abandonam seus projetos, sua alegria em Deus, seu louvor e as ações de graça e os trocam por sonhos e fantasias que o mundo oferece, pois são mais fáceis de realizar, e sempre trazem uma “alegria” momentânea, ainda que fugaz e de conseqüências imprevisíveis!
Deixam a fidelidade à Deus de lado, e correm de um lado para outro buscando uma solução rápida e mágica, o que normalmente é oferecida pelo inimigo de nossas almas, através de uma sociedade onde a aparência tem mais valor do que a realidade.
Muitos hoje vivem a aparência do Evangelho, mas não vivem a realidade do Evangelho. Fazem de conta que são fiéis a Deus: vão a igreja, cantam os hinos do culto, oram no templo, mas quando saem de lá, passam a viver uma vida igual aos que não temem a Deus. Por isso que a alegria de muitos tem sido efêmera e superficial !


A Bíblia nos diz: Alegrai-vos no Senhor: alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus (Lc 10:20), alegrai-vos na Esperança (Rom 12:12), Alegrai-vos no Senhor, e regozijai-vos, vós justos (Sl 32:11) Alegrai-vos, ó justos, no Senhor, e rendei graças ao seu santo nome (sl 97:12), Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, e regozijai-vos no Senhor vosso Deus; porque ele vos dá em justa medida a chuva temporã, e faz descer abundante chuva, a temporã e a serôdia, como dantes (Joel 2:23), porque o reino de Deus não consiste no comer e no beber, mas na justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo (Rom 14:17)

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